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O LUGAR DO CUIDADI NAS ELEIÇÕES: POR QUE ISSO IMPORTA?

No próximo domingo, temos uma responsabilidade importante: escolher nossos candidatos para a prefeitura e a câmara municipal. Mais do que nunca, é essencial refletir sobre o “Lugar do Cuidado” na hora de fazer essa escolha.

A legislação brasileira, como o artigo 227 da Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), estabelece que toda criança e adolescente tem o direito de viver em família. Também diz que é dever da família, do Estado e da sociedade garantir esse direito com absoluta prioridade. Mas, na realidade, quando analisamos as crianças cuja família nuclear perdeu o poder familiar, a maioria vem de contextos sociais muito vulneráveis, com condições financeiras precárias.

Muitas dessas crianças cresciam em famílias monoparentais, chefiadas exclusivamente por mães, que arcavam sozinhas com o sustento, a educação e o cuidado. Essas mulheres, em sua maioria negras ou pardas, já enfrentavam enormes desafios econômicos e, ainda por cima, não recebiam o apoio necessário do Estado ou da sociedade.

Diante disso, é preciso perguntar: esse direito à convivência familiar está sendo realmente garantido para todas as crianças e adolescentes? 

Embora a resposta pareça óbvia, os números mostram o contrário. O perfil das famílias adotivas no Brasil revela uma grande desigualdade. A maioria dessas famílias é formada por casais brancos, cisgêneros, heterossexuais e de classe média, sem deficiências ou neurodivergências. Muitas vezes desejam adotar apenas crianças pequenas, evitando adolescentes, e com traços raciais e funcionamento orgânico igual ao seu. 

Isso nos traz de volta à questão central: quem tem o direito à convivência familiar? Pela lei, todas as crianças e adolescentes deveriam ter esse direito garantido. Mas, na prática, isso não acontece quando a responsabilidade recai apenas sobre as mães, especialmente se são mães solo e periféricas. Para que esse cuidado seja acessível a todas as famílias, o Estado e a sociedade precisam se comprometer, eliminando as barreiras impostas por raça, classe social e condições de saúde.

Por isso, ao votar neste domingo, escolha candidaturas que realmente estejam comprometidas com o cuidado e a proteção das nossas crianças e adolescentes. Pergunte aos seus candidatos sobre a “Agenda 227”, que luta para garantir esses direitos, e se eles estão dispostos a transformar essas leis em realidade para todas as famílias.

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