Se tem um compromisso de mão única é o cuidado de pais e mães para seus filhos. Não é possível uma criança retribuir o que ganhou de seus pais: a vida!
Se você desejou ser mãe e pai (mesmo que não tenha planejado), se desejou a experiência da parentalidade e isso diz sobre você e os planos que traçou para sua vida. Ninguém pediu pra nascer. Exercer a parentalidade fala sobre seu próprio desenvolvimento humano dentro de uma nova relação. Está relacionado às suas funções e habilidades enquanto pessoa responsável por um pequeno humano.
Quando exercemos a parentalidade de maneira inconsciente, corremos o risco de, diante de quem somos e das nossas certezas, agirmos como se os filhos fossem um investimento.
Mas o que significa “investir” na criação dos filhos?
Investir é destinar recursos com a expectativa de retorno. Nessa visão, a criança é provida de tudo o que precisa para se desenvolver fisicamente e materialmente, enquanto seu lado emocional e espiritual é deixado de lado.
Essa forma de parentalidade pode ser comparada à aquisição de um imóvel a longo prazo, onde se espera que, ao final do período, você tenha um bem, que, no caso da criança ou adolescente, seria alguém com a obrigação de prover cuidado na velhice ou mimos e atenções proporcionais ao que foi dado.
Uma parentalidade investidora tende a esperar reconhecimento e exigir recompensas. É comum ouvir dessas relações frases como: “Eu faço tudo por você e é assim que você me agradece?” Por isso, esses pais podem ter dificuldades em criar um laço profundo e genuíno com seus filhos, tratando-os mais como inquilinos do que como membros plenos da família.
Por outro lado, a parentalidade doadora oferece algo muito mais precioso: a inteireza. Não há herança maior do que pais e mães verdadeiramente humanos, que se permitem abrir o coração, mostrar vulnerabilidades, reconhecer falhas e, acima de tudo, estar em constante processo de crescimento.
Pais doadores cuidam de suas próprias dores e expectativas, buscando coerência na comunicação, com coragem para serem o que seus filhos realmente precisam. Eles não cobram uma dívida, não esperam retribuição. Os filhos, por sua vez, reconhecem esse amor genuíno e, com gratidão, retribuem de forma voluntária e livre, sem cobranças ou pressões.
No final das contas, filho não é poupança emocional e gratidão não se cobra. O verdadeiro amor é livre de qualquer obrigação.
Se você se identificou com os desafios descritos aqui e sente que precisa de ajuda para encontrar um caminho mais consciente e amoroso na criação de seus filhos, conte comigo e com o nosso projeto para que você tenha um atendimento parental potente, afinal cuidar de si mesmo é o primeiro passo para cuidar melhor de quem você ama.

